quarta-feira, 8 de junho de 2016

Roma: Monarquia, República e Império

 
Roma
Aspectos geográficos
 
Localização da cidade romana:
 
→ Sul do continente Europeu: na península Itálica

→Cortado por três grandes rios: Tibre, Arno e Pó.

→ Região insular: Sicília, Sardenha e Córsega
 
 
Ocupação da região onde se formou Roma
 
Entre os principais povos que ocupavam a Itália Antiga, destacam-se os:
• Italiotas - chegaram à península Itálica por volta de 2000 a.C. e ocuparam a Itália central. Esse povo subdividia-se em tribos, como a dos latinos, dos volcos, dos équios, dos úmbrios, dos sabinos, dos saminitas etc.
• Etruscos - chegaram à península Itálica por volta do século VIII a.C. e ocuparam inicialmente a região da Itália central, entre os rios Arno e Tibre. Posteriormente, expandiram seus domínios para o norte (até a planície do rio Pó) e para o sul (até Campânia).
• Gregos - chegaram também por volta do século VIII a.C. com o movimento da colonização grega. Ocuparam a parte sul da Itália diversas colônias, conhecidas em seu conjunto como Magna Grécia.
 
ORIGEM E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
 
 
As pesquisas históricas indicam que o nascimento de Roma está ligado às tribos italiotas dos sabinos e latinos, que se instalaram na região do Lácio. Aí fundaram várias aldeias. Entre elas, Roma. Entretanto, foi somente sob o domínio dos etruscos, em seu movimento de expansão, que a primitiva aldeia romana foi transformada em cidade. Foram os etruscos que instituíram a primeira forma de governo em Roma: a monarquia. A história política de Roma é dividida, tradicionalmente, nos períodos;
- Monarquia (753 - 509 a.C.) - período em que Roma era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos.
- República (509 - 27 a.C.) - período durante o qual desenvolveu suas instituições sociais e econômicas e expandiu seu território, tornando-se uma das maiores civilizações do mundo antigo.
- Império (27 a.C. - 476 d.C.) - período em que Roma enfrentou inúmeros problemas internos. A combinação desses problemas levou a civilização romana à decadência.
 
 
A LENDA DA LOBA E OS DOIS GÊNIOS
 
 
  1. Uma antiga lenda, relatada pelo poeta romano Virgílio, conta que Roma foi fundada por dois irmãos gêmeos, Rômulo e Remo. Eles eram netos do rei Numitor, de Alba Longa, cujo trono fora usurpado por Amúlio. De posse do trono, o usurpador ordenou que Rômulo e Remo, recém- nascidos, fossem colocadas dentro de um cesto e lançados nas águas do rio Tibre. Levado pela correnteza, o cesto navegou rio abaixo, encalhando junto ao monte Palatino. Ali os dois irmãos foram encontrados por uma estranha loba, que os amamentou. Posteriormente, um pastor chamado Fautolo acolheu as duas crianças e deu-lhes sua guarda e educação. Quando adultos Rômulo e Remo reconquistaram o trono de Alba Longa para seu avô. Receberam então, permissão par fundar Roma na região onde a loba os havia encontrado. Por ocasião da fundação da cidade, surgiu uma intensa disputa entre os dois irmãos para definir quem reinaria. Rômulo matou Remo passando a reinar na cidade, fundada em 753 a.C. Do nome Rômulo deriva o termo Roma.
 
 
 
MONARQUIA
INÍCIO DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-SOCIAL
 
Por volta do século VII a.C., os etruscos impuseram seu domínio aos italiotas e a aldeia romana tornou-se uma cidade. Ao adquirir características de cidade, Roma iniciou um processo de organização político- social que resultou na Monarquia.
 
POLÍTICA: AS INSTITUIÇÕES
 
Durante a monarquia, Roma foi governada por Rei, Senado e Assembleia Curial. O rei era juiz, chefe militar e religioso. No desempenho de suas funções, submetia-se à fiscalização da Assembleia Curial e do Senado. São conhecidos sete reis romanos: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco (a Antigo), Sérvio Túlio e Tarquínio (o Soberano). Provavelmente deve ter havido muitos outros, porém não há comprovações históricas. Desses reis, os quarto primeiros eram italiotas e os três últimos, etruscos.
O Senado era um conselho formado por cidadãos idosos, responsáveis pela chefia das grandes famílias (genos). As principais funções do Senado eram: propor novas leis e fiscalizar as ações do rei.
A Assembleia Curial compunha-se de cidadãos agrupados em cúrias*. Seus membros eram soldados em condições de servir o exército. A Assembleia tinha como principais funções eleger altos funcionários, aprovar ou rejeitar leis e aclamar o rei.
 
SOCIEDADE: A DIVISÃO DE CLASSES
 
A sociedade romana estava dividida nas seguintes categorias:
• Patrícios - eram os cidadãos romanos, grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar funções públicas no exército, na religião, na justiça, na administração.
Clientes - homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social.
• Plebeus - homens livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e ao trabalho agrícola. A plebe representava a maioria da população romana, sendo constituída de imigrantes vindos, sobretudo, de regiões conquistadas pelos romanos. Durante o período monárquico, os plebeus não tinham direitos de cidadãos, isto é, não podiam exercer cargos públicos nem participar da Assembleia Curial.
• Escravos - eram, em sua maioria, prisioneiros de guerra. Trabalhavam nas mais diversas atividades como, serviços domésticos e trabalhos agrícolas. Desempenhavam funções de capatazes, professores, artesãos etc. O escravo era considerado bem material, propriedade do senhor, que tinha de castigá-lo, vendê-lo, alugar seus serviços, decidir sobre sua vida ou morte.
 
PASSAGEM PARA A REPÚBLICA
 
Apesar dos progressos que Roma vinha alcançando com a Monarquia, no reinado de Tranquínio as famílias romanas poderosas (os patrícios) ficaram insatisfeitas com as medidas adotadas por esse rei etrusco em favor dos plebeus. Para controlar diretamente o poder em Roma, os patrícios, que formavam o Senado, rebelaram-se contra o rei, expulsando-o e estabelecendo uma nova organização política: a República.
 
REPÚBLICA
NOVAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E EXPANSÃO MILITAR
 
Com a instalação da República os patrícios organizaram uma estrutura social e administrativa que lhes dava o direito de exercer domínio sobre Roma e desfrutar os privilégios do poder. Os patrícios controlavam quase a totalidade dos altos cargos da República. Esses cargos eram exercidos por dois cônsules e outros importantes magistrados. Na chefia da República, os cônsules eram auxiliados pelo Senado, composto por 300 destacados cidadãos romanos. Havia, ainda, a Assembleia dos cidadãos, manobrada pelos ricos patrícios.
 
 
CONFLITOS ENTRE PATRÍCIOS E PLEBEUS
 
Embora os plebeus constituíssem a maioria da população, eles não tinham direito de participar das decisões políticas. Tinham deveres a cumprir: lutar no exército, pagar impostos etc. A segurança de Roma dependia de um exército forte e numeroso. Os plebeus eram indispensáveis na formação do exército, uma vez que constituíam a maior parte da população. Conscientes disso e cansados de tanta exploração os plebeus recusaram-se a servir o exército, o que representou duro golpe na estrutura militar de Roma. Iniciaram lutas para conquistar direitos, como o de participar das decisões políticas, exercer cargos da magistratura ou casar-se com patrícios.
 
CONQUISTAS DA PLEBE
 
Para retomar o serviço militar, os plebeus fizeram várias exigências aos patrícios e conquistaram direitos. Entre eles encontrava-se a criação de um Comício da Plebe, presidido por um tribuno da plebe. A pessoa do tribuno da plebe seria inviolável. Ela teria também poderes especiais para cancelar quaisquer decisões do governo que prejudicassem os interesses da plebe. Outras importantes conquistas obtidas pela plebe foram:
Leis das Doze Tábuas (450 a.C.) - juízes especiais (decênviros) decretariam leis escritas válidas para patrícios, o código escrito para dar as normas, evitando arbitrariedades;
Lei canuléia (445 a.C.) - autoriza o casamento entre patrícios e plebeus. Mas na prática só os plebeus ricos conseguiam casar-se com patrícios;
Eleição dos magistrados plebeus (362 a.C.) - os plebeus lentamente conseguiram ter acesso a diversas magistraturas romanas. Em 336 a.C., elegeu-se o primeiro cônsul, que era a mais alta magistratura;
Proibição da escravidão por dívida - por volta de 336 a.C. foi decretada uma lei que proibia a escravidão de romanos por dívidas (muitos plebeus haviam se tornado escravos dos patrícios por causa de dívidas). Em 326 a.C., a escravidão dos romanos foi definitivamente abolida.
 
REVOLTA DOS ESCRAVOS
 
Na República ocorreram também revoltas escravas. Inconformados com a exploração a que eram submetidos, os escravos organizaram várias revoltas contra as classes dominantes. Entre 136 e 132 a.C., saquearam a Sicília. Mais tarde, em 72 a.C., quase 80 mil escravos, sob a liderança de Espártaco, organizaram um forte exército, que ameaçou o poder de Roma durante quase dois anos. Só em 71 a C., uma força de exército romano, sob o comando de Licíno Crasso, conseguiu vencer o exército de escravos liderado por Espártaco. Após essa vitória, a repressão romana aos escravos rebeldes foi extremamente dura, para servir de exemplo a todos. Mais de seis mil seguidores de Espártaco foram presos e crucificados em diversos locais das estradas romanas. Espártaco, porém, parece ter sido morto em batalha.
 
CONQUISTAS MILITARES E EXPANSÃO TERRITORIAL
 
A luta política entre patrícios e plebeus não chegou a desestabilizar o poder republicano. Prova disso é que a República romana expandiu notavelmente seu território através de várias conquistas militares. As primeiras evidências da expansão militar consistiam no domínio completo da península itálica. Mais tarde tiveram início as guerras contra Cartago (cidade no norte da África), conhecidas como Guerras Púnicas*. Posteriormente veio a expansão pelo mundo antigo.
• Guerras Púnicas (264 - 146 a.C.) - a principal causa das guerras de Roma contra Cartago foi a disputa pelo controle do Mediterrâneo, quando os romanos completaram o processo de conquista da península Itálica. Cartago era uma próspera cidade comercial, que possuía colônia no norte da África, na Sicília, na Sardenha e na Córsega. Era, portanto, uma forte corrente dos romanos. Para impor sua hegemonia comercial e militar nas regiões do Mediterrâneo, os romanos precisavam derrotar Cartago. Após batalhas violentas, desgastantes e com duras perdas, os romanos conseguiram arrasar Cartago em 146 a C.
• Expansão pelo mundo antigo - eliminada a rival (Cartago), os romanos abriram caminhos para a dominação das regiões do Mediterrâneo ocidental (península Ibérica, Gália) e oriental (Macedônia, Grécia, Ásia Menor). O mar Mediterrâneo foi inteiramente controlado pelos romanos, que o chamavam de mare nostrum ("nosso mar").
 
CONSEQÜÊNCIAS DAS CONQUISTAS MILITARES
 
As conquistas militares acabaram levando à Roma as riquezas dos países dominados. O estilo de vida romana, antes simples e modesto, evoluiu em direção ao luxuoso, ao requintado, ao exército. A elevação do padrão e do estilo de vida romano refletia-se nas construções, que eram privilégios de uma minoria de patrícios e plebeus ricos.
No plano cultural, as conquistas militares colocaram em contato com a cultura de outras civilizações. Nesse estilo, deve-se destacar a grande influência dos gregos sobre os romanos. A sociedade também sofreu transformações. Os ricos, nobres romanos, em geral pertencentes ao Senado, tornam-se donos de grandes latifúndios, que eram cultivados pelos escravos. Obrigados a servir no exército romano, muitos plebeus regressaram à Itália de tal modo empobrecidos que, para sobreviver, passaram a vender seus bens. Sem terras, inúmeros camponeses plebeus emigraram para a cidade, engrossando a massa de desocupados, pobres e famintos.
 
 
CRISE E FIM DA REPÚBLICA
 
O aumento da massa de plebeus pobres e miseráveis tornava cada vez mais tensa a situação social e política de Roma. A sociedade dividia-se em dois grandes polos. De um lado, o povo e seus líderes, que reivindicavam reformas sociais urgentes. De outro, a nobreza, formada por comerciantes abastados e grandes proprietários rurais.
 
A REFORMA DOS GRACO
 
Diante do clima de tensão, os irmãos Tibério e Caio Graco, que eram tribunos da plebe, tentaram promover uma reforma social (133 - 132 a.C.) para melhorar as condições de vida da massa plebeia. Entre outras medidas, propuseram a distribuição de terras entre os camponeses plebeus e limitações ao crescimento de latifúndios. Sofreram então forte oposição do Senado romano. Acabaram sendo assassinados a mando dos nobres, que se sentiram ameaçados pelo apoio popular que os irmãos vinham recebendo. Fracassadas as reformas sociais dos irmãos Graco, a política, a economia e a sociedade romanas entraram num período de grande instabilidade.
 
A TRANSIÇÃO PARA O IMPÉRIO
 
Com o agravamento da crise, tradicionais instituições foram questionadas, e um clima de desordem e agitação foi tomando conta da vida das cidades. Diversos chefes militares entraram, sucessivamente, em luta pelo poder, marcando o processo de transição para o império. Entre os principais acontecimentos desse processo destacam-se:
• Em 107 a.C., o general Caio Mário tornou-se cônsul. Reformou o exército instituindo o pagamento de salário (soldo) para os soldados.
• Em 82 a.C., o general Cornélio Sila, representando a nobreza, derrotou Caio Mário e instituiu um governo ditatorial. Em 79 a.C., Sila foi forçado a deixar o poder devido ao seu estilo antipopular de governo, pois a situação social estava incontrolável.
• Em 60 a.C., estabeleceu-se o Primeiro Triunvirato*, formado por Pompeu, Crasso e Júlio César, para governar Roma. Pouco tempo depois de assumir o poder, Crasso foi assassinado. Surgiu, então, séria rivalidade entre Pompeu e Júlio César. César saiu vitorioso e tornou-se ditador supremo de Roma. Promoveu, durante seu governo, diversas reformas sociais para controlar a situação. Em 44 a.C. foi assassinado por uma conspiração organizada por membros do Senado.
• Em 43 a.C., estabeleceu-se o Segundo Triunvirato, composto por Marco Antônio, Otávio e Lépido. O poder foi dividido em três: Lépido ficou com os territórios Africanos, mas depois foi forçado a retirar-se da política; Otávio responsável pelos territórios ocidentais; e Marco Antônio assumiu o controle dos territórios do oriente. Surgiu imensa rivalidade entre Otávio e Marco Antônio, que se apaixonara pela rainha Cleópatra, do Egito. Declarando ao Senado que Marco Antônio pretendia formar um império no oriente, Otávio conseguiu o apoio dos romanos para derrotá-lo. Assim, tornou-se o grande senhor de Roma.
 
IMPÉRIO
APOGEU E QUEDA DE ROMA
 
A partir de 27 a.C., Otávio foi acumulando poderes e títulos, entre eles o de Augusto* e o de Imperador. Otávio Augusto tornou-se, na prática, rei absoluto de Roma. Mas, assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as instituições republicanas (Senado, Comício Centurial e Tribal etc)
continuassem existindo na aparência.
 
ALTO IMPÉRIO (27 a.C. - 235 d.C.)
 
O Alto Império foi a fase de maior esplendor desse período. Durante o longo governo de Otávio Augusto (27 a.C. - 14 a.C.), uma série de reformas sociais e administrativas foram realizadas. Roma ganhou em prosperidade econômica. O exército foi ainda mais profissionalizado. O imenso império passou a desfrutar um período de paz e segurança, conhecido com Pax Romana. Após a morte de Otávio Augusto, o trono romano foi ocupado por vários imperadores que podem ser agrupados em quatro dinastias:
• Dinastia dos Júlio - Claudius (14 a.C. – 68 d.C.) - Tibério, Calígula, Cláudio e Nero;
• Dinastia dos Flávios (69 d.C. – 96 d.C.) - Vespasiano e Domiciano;
• Dinastia dos autoninos (96 d.C. – 192 d.C.) - Nerva, Trajano, Adriano, Marco Aurélio, Antinino Pio e Cômodo;
• Dinastia dos servos (193 d.C. – 235 d.C.) - Sétimo Severo, Caracala Macrino, Heliográbalo e Severo Alexandre;
 
BAIXO IMPÉRIO ( 235 d.C. – 476 d.C.)
 
O Baixo Império corresponde à fase final do período imperial. Costuma ser subdividido em:
• Baixo Império pagão (235 d.C. – 305 d.C.) - período em que dominavam as religiões não cristãs. Destacou-se o reinado de Diocleciano, que dividiu o governo do enorme império entre quatro imperadores (retrarquia) para facilitar a administração. Esse sistema de governo, entretanto, não se consolidou.
• Baixo Império Cristão (306 d.C. – 476 d.C.) - nesse período, destacou-se o reinado de Constantino, que através do Edito de Milão, concedeu liberdade religiosa aos cristãos. Consciente dos problemas de Roma, Constantino decidiu mudar a capital do Império para a parte oriental. Para isso, remodelou a antiga Bizâncio (cidade fundada pelos gregos) e fundou Constantinopla, que significa "cidade de Constantino".
 
CRISE DO IMPÉRIO
 
O Baixo Império foi sendo corroído por uma longa crise social, econômica e política. Entre os fatores que contribuíram para essa crise, destacam-se:
• elevados gastos públicos para sustentar a imensa estrutura do exército e da burocracia administrativa;
• crescimento do número de miseráveis entre a plebe, os comerciantes e os camponeses;
• desordens sociais e políticas provocadas por rebeliões tanto das massas internas quanto dos povos submetidos.
Agravando ainda mais essa situação social e econômica, os romanos tiveram que enfrentar a pressão dos povos bárbaros* que invadiram suas fronteiras. Além disso, Roma havia incorporado muitos bárbaros a seu exército como mercenários*. Chegou um momento em que os romanos perceberam que os soldados encarregados de defender Roma vinham dos próprios povos contra os quais eles (romanos) combatiam.
 
DIVISÃO DO IMPÉRIO
 
Com a morte de Teodósio, em 395 d.C., o grande Império Romano foi dividido em Império Romano do Ocidente, com sede em Roma; e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. A finalidade dessa divisão era fortalecer cada uma das partes do império para vencer a ameaça das invasões bárbaras. Entretanto, o Império Romano do Ocidente não teve organização interna para resistir aos sucessivos ataques desses povos. Em 476 d.C., o último imperador de Roma, Rômulo Augusto, foi disposto por Odoacro, rei de Hérculos, um dos povos bárbaros. Quanto ao Império Romano do Oriente, embora com transformações, sobreviveu até 1453, ano em que os turcos conquistaram Constantinopla.
 
PRODUÇÃO ECONÔMICA
A FORÇA ESCRAVA NA CONSTRUÇÃO DO GRANDE IMPÉRIO
 
Da mesma maneira em que na Grécia, em Roma predominou o modo de produção escravista. O escravismo desenvolveu-se em Roma principalmente a partir da República, pois, com a expansão militar, grande parte dos prisioneiros foi transformada em escravos. O escravo realizava inúmeros trabalhos nos mais diversos setores da economia, agricultura, artesanato, comércio, minas, pedreiras e serviços especializados, como o de músico, professor etc. Assim, o cidadão, senhor dos escravos, ficava com tempo livre para as atividades administrativas, a diversão e o descanso (ócio).
 
PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS
 
Nos cinco primeiros séculos de sua história, a agricultura e a criação de animais foram as principais atividades econômicas dos romanos. O trigo e a videira eram os produtos mais cultivados. No período republicano, as conquistas militares trouxeram a expansão territorial, o contato com novos povos e o desenvolvimento do comércio. Conquistando Cartago, os romanos dominaram as rotas marítimo-comerciais do Mediterrâneo, que se tornou o principal elo de ligação comercial do mundo antigo. No período imperial, Roma tornou-se o centro dominador da Antiguidade. O Império atingiu cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados, com uma população total de mais de 70 milhões de habitantes.
A atividade desenvolveu-se intensamente, sendo impulsionada por fatores como, a criação de uma moeda comum, válida nas diferentes regiões, a generalização das regras do direito romano e a construção de inúmeras estradas ligando os diversos pontos do império, para facilitar, entre outras coisas, o escoamento dos produtos. Com o crescimento comercial, intensificou-se a produção artesanal, destacando-se artigos como vasos cerâmicos, vidros, objetos de bronze e ferro etc.
 
INTERCÂMBIO COMERCIAL
DE UMA PONTA A OUTRA DO MEDITERRÂNEO
 
Nos dois primeiros séculos de nossa era, o império conheceu o seu período de glória: as províncias desfrutavam de paz, desenvolveu-se a agricultura, a indústria e o comércio. As mercadorias eram trocadas de uma ponta a outra do Mediterrâneo. Exploravam-se minas de ouro e prata na Espanha, Dácia e Bretanha (Inglaterra de hoje). O Egito era o celeiro do trigo do império. Armazenavam-se, em Alexandria, as riquezas vindas da Índia (algodão, especiarias, pérolas e pedras preciosas), da Arábia (mirra, incenso e alabastro) e da longínqua e misteriosa China (sedas). A Gália enviava para a Itália seus cavalos, produtos alimentícios e tecidos. Roma recebia, ainda, trigo da África, mármores preciosos da Numídia, da Síria e Ásia Menor. ]
 
 
HERANÇA CULTURAL ROMANA
CULTURA ROMANA
 
Assimilação e aperfeiçoamento de elementos culturais Com as conquistas militares, os romanos entraram em contato com diversos povos, dos quais absorveram e desenvolveram muitos elementos culturais, principalmente dos gregos. O poeta romano Horácio (65 - 8 a.C.) lembrava: Vencidas pelas armas, a Grécia acabou conquistando seu rude vendedor. Os romanos deixaram belíssimas obras arquitetônicas. Foram responsáveis pela difusão do cristianismo e pelo surgimento de idiomas derivados do latim. Deles herdamos a concepção fundamental do direito e textos clássicos de poetas e escritores. Origem do mecenato Não era apenas através da força que os dominantes de Roma queriam impor-se aos povos conquistados. Desejavam, também, ser vitoriosos e grandes no plano cultural. O anseio de Roma por projeção cultural foi também compreendido por Otávio Augusto, que durante seu governo (27 a.C. - 14 d.C.), incentivou uma política de proteção a artistas e intelectuais. O objetivo dessa política cultural era estimular a produção de obras que exaltassem a glória de Roma e de seu governo. Durante o século de Augusto encontramos ricos cidadãos, como o célebre Mecenas, que concedia proteção a diversos artistas e intelectuais. Os poetas Virgílio, Horácio e Ovídio e o historiador Tito Lívio são exemplos de responsabilidades favorecidas por esse tipo de proteção. Do nome Mecenas originou-se o termo mecenato, que designa "a atividade de proteção às artes e às ciências".
 
DIREITO E ARTES
Grandes heranças culturais
 
Do contato com diferentes povos, os romanos assimilaram elementos culturais variados. Retrabalharam esses elementos, acrescendo-lhes características próprias. Entre essas características, destaca-se a organização social, que se refletiu no Direito, e o senso prático, que se refletiu nas Artes.
 
Direito
O direito é uma das grandes contribuições legadas pelos romanos à civilização ocidental. Desenvolveu-se em Roma, pois uma das preocupações básicas do Estado era regular, por meios de normas jurídicas, o comportamento social de numerosas populações do império. Podemos dividir o direito romano em dois ramos fundamentais: direito público (ius publicum), que se referia às relações jurídicas em que o estado atua como parte, e direito privado (ius privatum), que se referia às relações jurídicas entre particulares. Essa classificação ainda é utilizada em nossos dias, da mesma forma que muitos preceitos do direito romano constituem fonte de inspiração para juristas modernos. Até hoje, é frequente advogados e juízes citarem frases latinas, que refletem princípios formulados na antiga Roma.
 
Artes
Na grande produção artística de Roma destacam-se as áreas de literatura, arquitetura e escultura.
• Literatura - destacam-se os escritores e poetas como Virgílio (Eneida), Horácio, Ovídio, Cícero, Catulo e o historiador Tito Lívio.
• Arquitetura - imponente e grandiosa foi a arquitetura produzida por Roma. Preocupada com o caráter funcional, soube aliar beleza e utilidade na construção dos mais variados edifícios: teatros, basílicas, aquedutos, circos, templos religiosos, palácios. Nessas construções, arcos, abóbadas e cúpulas consagravam o aspecto monumental da obra.
• Destacam-se também as belas e eficientes estradas e pontes que interligavam as mais diversas regiões do império, facilitando o trânsito de pessoas e tráfego mercantil.
 
Escultura - destacam-se os retratos (cabeça ou busto) e as estátuas equestres. Os escultores preocupavam-se em conseguir a reprodução mais fiel possível da realidade e não a idealização de modelos, como faziam os gregos.
 
PÃO E CIRCO
 
Formas de controlar a tensão popular Roma foi uma das maiores cidades do mundo antigo. No século II, ela contava com cerca de 1.200.000 habitantes. Para manter sob controle essa grande massa populacional, constituída por muitos desocupados que viviam pelas ruas, as autoridades romanas distribuíram alimentos periodicamente (o pão) e promoviam diversos espetáculos públicos (o circo). Assim, "pão e circo" era a fórmula utilizada para controlar o povo. Eram tantas as festas e espetáculos que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano. Os gladiadores fazem o espetáculo Entre os espetáculos mais populares estava as lutas contra animais ferozes e os combatentes entre gladiadores. Os gladiadores eram, normalmente, escravos ou prisioneiros de guerra treinados em escolas especiais de lutas (ludus gladiatourius). No final de cada luta, vários escravos limpavam a arena, recolhendo os cadáveres com ganchos. Um dos anfiteatros mais utilizados para esses espetáculos violentos foi o Coliseu, que tinha capacidade para abrigar quase 90 mil espectadores.
 
O circo e o teatro
Além das lutas de gladiadores, os romanos adoravam os espetáculos de circo e de teatro. Nos circos, os romanos assistiam a acrobacia realizada por ginastas e equilibristas. Havia também corridas de cavalos atrelados a carruagens. No circo máximo de Roma, aproximadamente 50 mil pessoas podiam assistir a essas corridas e fazer apostas. Nos teatros, os romanos assistiam a peças dos mais variados gêneros: sátiras, tragédias, pantomimas. Entre os grandes autores do teatro romano destacam-se: Plauto Terêncio, Lívio Andrônico etc.
 
RELIGIÃO
Do politeísmo ao deus único
Os romanos eram politeístas, adoravam uma grande quantidade de deuses. Assimilaram dos gregos uma série de divindades que, exceto Apolo, foram rebatizadas com nomes latinos. Interpretando a vontade dos deuses, os sacerdotes apontavam o que era lícito, em termos de comportamento público. Essa interpretação, porém, era manipulada ao sabor dos interesses das classes dominantes. A religião era um dos fundamentos do Estado romano, sendo utilizada em termos políticos.
No período imperial, passou-se a venerar a figura do imperador, que depois da morte ocupava lugar entre os deuses tradicionais (apoteose). Cristianismo Durante o reinado do imperador Augusto (27 a.C. - 14 d.C.), nasceu na província romana de Belém, na Galileia, Jesus Cristo. Ao completar 30 anos, Jesus percorreu a Palestina, pregando ao povo uma nova doutrina religiosa – o cristianismo – que se baseava na crença no deus único. Anunciou que era o messias, enviado por Deus. Depois da morte de Jesus, sua doutrina foi, aos poucos, sendo difundida pelo Império Romano através da pregação de seus discípulos. Era uma doutrina que, devido à sua mensagem de esperança na vida eterna, alcançava grande aceitação entre as camadas pobres e de escravos da sociedade. O martírio dos cristãos Durante o governo de Nero (54 a.C. – 68 d.C.), tiveram início as primeiras perseguições aos cristãos. Essas perseguições perduraram, de forma intermitente, até o governo de Diocleciano, que promoveu a última e mais cruel delas (303 - 305). São muitas as causas que explicavam o combate violento aos cristãos. Dentre elas, destacam-se:
• a oposição dos cristãos à religião oficial de Roma, aos cultos pagãos tradicionais e ao culto à pessoa do imperador romano;
• a negação da religião oficial implicava na oposição a diversas instituições romanas como, por exemplo, a recusa a servir no exército pagão romano. A punição sangrenta aos cristãos era aproveitada como um espetáculo trágico, que divertia os pagãos. Lançados numa arena, os cristãos eram obrigados a enfrentar, desarmados, leões e outras feras. O martírio dos cristãos tornou-se um espetáculo de grande atração pública. O fim da perseguição Apesar dos anos de perseguição, o cristianismo conseguiu sobreviver e conquistar um número crescente de adeptos. Com as crises sócio-econômicas de Roma, que se intensificaram a partir do século III, muitas pessoas das classes dominantes converteram-se ao cristianismo. Paralelamente a esse processo, a perseguição aos cristãos foi tornando-se cada vez mais branda. Em 313, o imperador Constantino, que se convertera ao cristianismo, concedeu liberdade religiosa ao todo o Império Romano, através do Egito de Milão. Assim, cristãos puderam construir suas igrejas e celebrar publicamente seu culto. Posteriormente, em 391, o cristianismo tornou-se a religião oficial de Roma e organizou-se a igreja Católica, que construiu hierarquia tendo como modelo a estrutura administrativa do império
.
9 tesouros que ainda não foram encontrados
Com tanta gente no mundo, tecnologia cada vez mais avançada e o planeta sendo decifrado por cientistas de plantão, diversos mistérios e perguntas não respondidas ainda surgem semanalmente ao redor do globo. Quanto mais se descobre sobre o passado da Terra, mais questões e incógnitas surgem pelo caminho.
Um dos mistérios mais explorados tem relação direta com a fama dos tesouros perdidos ou roubados ao longo dos séculos. Onde é que está boa parte das riquezas da antiguidade? Uma coisa é certa: em tempos de incerteza, quer se trate de uma revolução, guerra, canibalização etc., o lugar mais seguro para guardar algo de valor era em uma colina bem alta ou embaixo da terra.

1. O tesouro perdido de Napoleão

Ao abandonar a cidade de Moscou, o ilustre Napoleão levou consigo alguns carrinhos de ouro, objetos de valor e uma coleção de armas antigas. Contudo, devido aos ataques que seu exército sofria constantemente, ele foi deixando um pouco das riquezas pelo caminho, com o intuito de fazer suas tropas andarem mais rápido.
Historiadores sugerem que Napoleão continuou a puxar carroças, pelo menos, até o Rio Berezina, na região russa do planeta. O primeiro tesouro foi encontrado no rio Nara, mas os outros ainda estão perdidos. Quer procurar? Basta você se aventurar pelas aldeias Zhernovka e Velisto, lagos Kasplya, Svaditskoe, Semlevskoe e no distrito Demidov, na região de Smolensk, na Rússia.

2. As riquezas de Sigismundo III

Filho do rei sueco João III, Sigismundo III invadiu a Rússia em 1604, confiscando tudo o que parecia ter algum valor. Depois da “época da colheita”, ele conseguiu encher 923 vagões de mercadorias, que foram enviados por Mozhaisk, estrada para a Polônia.
Contudo, antes de chegar ao destino final, praticamente todo o tesouro sumiu sem deixar nenhum vestígio. Quer procurar? Compre agora uma passagem para as cidades russas Mojaisk ou Aprelevka. Mas atenção: é bom você voltar e dividir um pouco do tesouro com a gente.

3. O tesouro de Montezuma

Montezuma era um cara um lendário e poderoso líder asteca — tinha uma fortuna incrível. Em 30 de junho de 1520, Hernan Cortés e seus soldados assassinaram o imperador, roubando toda a sua riqueza.
Contudo, a população não deixou barato, cercando os assassinos e tentando impedi-los de fugir com o ouro. É óbvio que um grande combate foi travado, fazendo com que os moradores locais recuperassem parte das joias, mas grande parte do tesouro saqueado foi perdida e nunca mais vista.
Quer procurar? Vá para a cidade de Kanab, em Utah (EUA). Em 1914, o garimpeiro Freddy Crystal encontrou uma gravura feita do lado de um penhasco que combinava com uma marcação em um mapa de tesouro antigo, que supostamente conduzia à fortuna de Montezuma.
O mapa foi decifrado por um descendente do grande líder asteca e, depois de algum tempo, eles conseguiram encontrar um sistema de cavernas e túneis que atravessavam a montanha, em Kanab. O lugar estava cheio de armadilhas, mas nenhum ouro jamais foi encontrado.

4. A fortuna de Lima

No século 19, diversas guerras começaram a ser travadas na América do Sul, visando o fim do colonialismo existente. Durante o domínio da Espanha, a Igreja Católica conquistou uma grande fortuna na região, e claro que eles precisavam de um local seguro para guardar a grana dos chamados “rebeldes”.
Com isso, William Thompson foi encarregado para levar diversas estátuas de ouro, joias, diamantes, coroas, prata e mais um monte de riquezas para bem longe das guerras — o valor estimado era de 300 milhões de dólares.
Contudo, William e sua tripulação não resistiram à tentação e mataram os guardas católicos, tomando as joias para eles. Depois do ocorrido, a trupe foi parar nas Ilhas Cocos, na Costa Rica, e enterrou o tesouro, com a intenção de recuperá-lo dias depois. Porém, eles foram capturados e apenas dois integrantes não foram para a forca, sendo obrigados a revelar o lugar secreto em que o tesouro estava.
Sabe o que aconteceu? William e seu capanga fugiram, e nunca mais eles foram vistos no planeta, muito menos o tesouro escondido.

5. Tesouro do navio Flor do Mar

Construído em 1502 e comandado pelo irmão de Vasco da Gama, o navio português Flor do Mar era muito famoso na época, tendo feito parte de uma viagem para a Índia portuguesa em 1505. Além disso, a embarcação participou de algumas batalhas navais, até que, em 1511, foi perdido em uma tempestade.
O fato intrigante é que o Flor do Mar estava lotado de ouro, o que fez do navio o mais procurado depois de um naufrágio. Tudo indica que a fortuna é o tesouro do reino Melaka, localizado na moderna Malásia, que teria mais de 60 toneladas de ouro.

6. A misteriosa Arca da Aliança

Para os antigos israelitas, a Arca da Aliança era a coisa mais sagrada que existia na Terra, sendo o objeto supremo dos hebreus. Aliás, o famoso aparato era repleto de ouro e acompanhou a galera por 40 anos no deserto — alguns místicos dizem que ela produzia o Maná, alimento usado por Moisés e seu povo.
A Arca da Aliança sumiu depois do ataque dos babilônios a Jerusalém, em 607 antes de Cristo. Desde então, ela nunca mais foi vista. Uns dizem que os próprios hebreus a esconderam, outros afirmam que ela foi destruída. Já os mais fiéis acreditam que Deus levou a Arca para o céu. Será?

7. Maxberg Specimen

Até hoje, apenas 11 fósseis completos de Archaeopteryx foram descobertos pelo ser humano. Caso você não saiba, essa espécie é um dos raros animais que poderia ajudar no desenrolar dos estudos sobre a evolução das espécies, já que faz parte da transição entre os dinossauros e as aves.
O dono da riqueza — sim, isso vale muito dinheiro —, Eduard Opitsch, descobriu o fóssil em 1956, época em que apenas dois fósseis deArchaeopteryx tinham sido descobertos. Ao descobrir que teria que pagar altos impostos pela venda do achado, Opitsch decidiu esconder o fóssil em sua casa. Contudo, depois de sua morte, ninguém descobriu onde ele escondeu essa fortuna fossilizada.

8. A lendária espada Kusanagi

Conhecida no Japão como Kusanagi-no-Tsurugi ou Ama-no-Murakumo-no-Tsurugi ("Espada que Colhe as Nuvens do Céu"), essa espada leva a fama de ser a Excalibur japonesa. Cada vez que um novo imperador era coroado, a Kusanagi era usada em um ritual específico. Segundo a mitologia, a espada foi encontrada no corpo de uma serpente de oito cabeças, decaptada pelo deus japonês Susanoo.
Existem algumas réplicas muito bem feitas dela, mas, infelizmente, a espada verdadeira mora no fundo do oceano desde uma batalha no século 12. Quem se atreve a procurar essa lendária relíquia? Atualmente, o valor dela é praticamente incalculável.

9. O tesouro dos Cavaleiros Templários

Em 1307, o último templário, Jacques de Molay, foi perseguido pelo rei Filipe IV da França, fazendo com que o mistério sobre o paradeiro de todo o tesouro que os Cavaleiros Templários tinham se tornasse motivo de uma busca frenética pelo globo.
O nome completo da ordem era “Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão", fundada na época das Cruzadas, por volta do século 11, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista. Contudo, muitos iniciados no assunto sabem que a verdade não é essa: eles tinham objetivos a mais nessa empreitada.
Depois da morte de Jaques, o que levou à dispersão e sumiço de muitos Templários, o tesouro deles, assim como a frota, nunca mais foi visto no planeta. É óbvio que o rei Filipe IV ficou muito furioso com isso. De acordo com algumas lendas, todo esse tesouro teria sido usado para financiar a independência dos Estados Unidos. Você acredita nisso?
6 Teorias Absurdas Sobre a Extinção dos Dinossauros
6 Teorias Absurdas Sobre a Extinção dos Dinossauros

Como todos sabemos, os dinossauros eram grandes avestruzes pelados que governaram o mundo a mais de 100 anos atrás, e que só gostam de trabalhar com o Steven Spielberg. 


Mas o que aparentemente nem todos sabem é como todos os dinossauros sumiram. A maioria das pessoas dizem que um asteróide atingiu a Terra cerca de 65,5 milhões de anos atrás, o que não faz sentido, porque os dinossauros viveram até 1916. Então nós do MagiaNerd separamos seis teorias reais que podem explicar o que teria realmente acontecido com nossos amigos avestruzes.

AIDS

6 Teorias Absurdas Sobre a Extinção dos Dinossauros

Essa maldita tem ceifado vidas muito antes do Raul Seixas nascer, e olha que ele nasceu há 10 mil anos atrás! A teoria é que os dinossauros tiveram relações sexuais com muitos parceiros, e isso acabou levando ao surgimento de uma doença sexualmente transmissível (equivalente a AIDS para os dinossauros) e todos morreram. Esta teoria faz sentido, porque os braços dos dinossauros são muito curtos, provavelmente não conseguiam colocar o preservativo. Fora que na época não existia plástico, consegue imaginar como era desconfortável usar uma camisinha de samambaia?

Borboletas

6 Teorias Absurdas Sobre a Extinção dos Dinossauros

Não são borboletas gigantes no estilo “Monstros vs Aliens”. Há uma teoria de que os dinossauros morreram porque a borboletas nasceram, como era uma nova espécie elas ainda não possuíam um predador natural. Um dos elementos essenciais para o ciclo de vida da borboleta é se transformar de uma lagarta para borboleta. E o que as lagartas comem durante o processo de metamorfose? Folhas! E o que alguns dinossauros comem? Lasanha, mentira, folhas! E o que os outros dinossauros comem? Dinossauros que comem folhas! Isto significa que se todas as folhas do mundo estavam sendo comidas por lagartas, os dinossauros simplesmente morreram de fome.

Eles nunca existiram

6 Teorias Absurdas Sobre a Extinção dos Dinossauros

Algumas pessoas acreditavam (e algumas ainda acreditam) que os dinossauros nunca existiram, e que as ossadas que encontramos enterradas no chão foram colocadas por alguém muito zuero. Se alguém foi zuero o suficiente para viajar o mundo espalhando ossos de calangos gigantes por aí, esse cara merece respeito.

Paleoweltschmerz

6 Teorias Absurdas Sobre a Extinção dos Dinossauros

Paleoweltschmerz é uma palavra alemã (jura?) que descreve a teoria de que os dinossauros desapareceram porque eles ficaram tristes e desistiram de viver, não tem uma explicação, é isso. De todas as teorias aqui, esta é mais estranha e moderna, afinal a depressão nunca sai de moda.

Viagem no tempo

6 Teorias Absurdas Sobre a Extinção dos Dinossauros

Talvez a viagem no tempo será inventada em algum momento no futuro próximo, e nós iremos viajar para a pré-história. E, em seguida nós estragaríamos tudo como de costume, matando todos os dinossauros, criando uma linha do tempo onde os primatas se tornariam a espécie dominante, que mais tarde evoluiria até o estágio humano atual, e tudo aconteceria de novo, de novo e de novo. Mais confuso que o filme “A Origem”.

Paleocosmology

6 Teorias Absurdas Sobre a Extinção dos Dinossauros

De todas as teorias, eu torço muito para que essa seja a verdadeira. Paleocosmology sugere que os dinossauros não se extinguiram, mas eles construíram uma nave e foram embora da Terra, e talvez um dia eles voltem. Essa teoria merece até ser dirigida pelo Michael Bay de tão boa!


Mitos e lendas da Civilização Egípcia, país do Norte da África. O Faraó Tutancâmon: seus tesouros e maldições
O Faraó Tutancâmon e sua  famosa  máscara mortuária de ouro, o  nemes (turbante listrado)  e a barba longa
O Egito  fica situado no Nordeste da África, sendo banhado  por dois mares famosos:  Mar Mediterrâneo ao Norte, o qual  separa a Europa da África e da Ásia (Oriente Médio),   Mar Vermelho a Leste, que separa o Egito da Península Arábica, na Ásia.  É banhado   pelo Rio Nilo e  cortado pelo Deserto do Saara. 
Além dessa geografia, o país tem uma história muito rica, por  ser  o berço da Civilização Egípcia, muito estudada e discutida por especialistas dos mais variados ramos do conhecimento, em várias partes do mundo. Por despertar tamanho interesse, o surgimento de mitos e lendas  é inevitável. 
Este post  é uma adaptação do texto da  jornalista brasileira Natasha Romanzoti, para o Site HypeScience. Ela fez uma lista dos 10  mitos  e equívocos comuns sobre o Egito, alguns dos quais apresentamos aqui.
Um dos mitos, é a crença de que já descobriram  tudo  sobre o Egito Antigo, e que a Egiptologia (ciência que estuda o Egito Antigo) esgotou suas pesquisas. Entretanto, descobertas fascinantes continuam  sendo feitas diariamente, lançando novas luzes  sobre aquela civilização.  Vamos conhecer alguns desses mitos: 

 Maldições dos faraós - o  faraó  Tutankâmon: seus tesouros e maldições

Durante a escavação da tumba de Tutankamon, alguns trabalhadores da equipe morreram de forma inesperada. Criou-se então a lenda da Maldição do Faraó. Na parede da pirâmide foi encontrada uma inscrição que dizia que morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faraó. Porém, verificou-se depois que algumas pessoas haviam morrido após ter respirado fungos mortais que estavam concentrados dentro da pirâmide

Esse mito tão explorado pelo cinema, refere-se, portanto,  à  “maldição” que matou aqueles que abriram o túmulo do faraó Tutancâmon. O mito é que uma maldição lançada por ele matou o patrocinador da expedição  Lord Carnarvon e os outros membros  que exploraram a tumba do jovem faraó, morto em circunstâncias não muito claras. 
Teorias de fungos perigosos e gases  acumulados  no interior da tumba,  tentam explicar o que provocou as mortes. Apenas 8 dos 58 presentes na descoberta da tumba morreram dentro de 12 anos. O líder da expedição, o alvo mais óbvio, viveu  16 anos. 
Também conhecido como o “Faraó Menino”, morreu aos 19 anos de idade.  Era filho do faraó Akhaenaton.   Durante seu curto período de governo, levou a capital do Egito para Memphis e retomou o politeísmo (crença em vários deuses),  que havia sido abandonado por seu pai Akhaenaton, que havia adotado o monoteísmo  (a crença num único Deus).    
O arqueólogo inglês Howard Carter integrante da expedição  patrocinada por Lord Carnarvon,  encontrou em 1922, um fabuloso  tesouro  de  mais  de cinco mil peças no túmulo desse faraó.  Seu  corpo mumificado  estava dentro do sarcófago (caixão) de ouro, coberto com uma máscara mortuária de ouro maciço,   além de jóias, objetos pessoais, ornamentos, vasos, esculturas, armas  etc. 
Para saber mais, veja a letra da música Faraó Divindade do Egito e assista ao vídeo, com a cantora baiana  Margareth Menezes. A letra vai ajudá-lo, também,  a entender um pouco sobre a religião e  lenda egípcias. Clique no link abaixo: 
ESCRAVOS CONSTRUÍRAM AS PIRÂMIDES

A famosa Esfinge de Gizè  situada  Esfinge de Gizé no complexo das Pirâmides
As pirâmides eram túmulos   dos faraós, título dado aos reis do Antigo Egito.  Seus corpos eram mumificados e colocados no sarcófago (caixão) com suas joias, objetos pessoais, armas etc.  Como eram construções muito complexas, feitas com blocos de pedras difíceis de serem transportados, corre a  ideia de que  escravos construíram as pirâmides do Egito. O relato do historiador grego Heródoto, no século V a.C.,  contribuiu para  essa ideia, que  pode não ser verdadeira. 
Túmulos contendo os restos mortais dos construtores  foram encontrados  nas pirâmides de Gizé. Ser enterrado ao lado dos faraós divinos seria a maior honra, nunca concedida a escravos. Além disso, um grande número de ossos de gado escavados em Gizé mostra que a carne bovina, era o alimento básico dos construtores e  uma iguaria do Egito Antigo. Acredita-se que os construtores das pirâmides deviam ser artesãos egípcios altamente qualificados, e não escravos.
·      Na foto acima, a Esfinge de Gizé. Esfinge  é uma imagem icônica de um leão estendido com a cabeça de um falcão ou de uma pessoa, inventada pelos egípcios do império antigo, mas  copiada da mitologia grega. Representa  um símbolo do poder real, que adotava a forma de um leão sentado, geralmente com a cabeça de um faraó. A  mais conhecida é a Grande Esfinge, em Gizé, mas havia outras formas   desse monstro fabuloso que se encontra na Grécia e no Egito.

ESCRAVIDÃO DOS ANTIGOS  HEBREUS (ISRAELITAS)

Mural que sugere trabalho escravos dos
 antigos hebreus no Egito

Esse  mito surgiu do relato da  Bíblia sobre a fuga dos antigos hebreus para o Egito, fugindo da seca na Palestina, o qual sugerem que os israelitas foram escravizados no Egito Antigo. Leia o texto original no segundo livro do Antigo Testamento, denominado Êxodo, que significa saída, fuga, peregrinação. Assista ao filme Os Dez Mandamentos, para ajudá-lo a entender essa história. Mas apesar desse relato bíblico, os  egípcios  nunca mencionaram  o fato  em seus manuscritos. 

os FARAÓS MATAVAM SEUS SERVOS
Réplicas dos antigos faraós, reis do
Egito (foram quase trezentos reis)

Quando os faraós morriam, seus servidores não eram mortos e enterrados com eles, como popularmente se acredita. Mas isso aconteceu algumas vezes.
Dois faraós da Primeira Dinastia do Egito são conhecidos por terem feito seus servos serem enterrados com eles. A tendência humana de generalizar levou ao mito de que esta era uma prática corriqueira entre  faraós (cerca de 300, ao todo).
OS HIERÓGLIFOS - A ESCRITA DO EGITO ANTIGO 
Hieróglifos, a escrita ideográfica
doEgito Antigo
Hieróglifo  é o nome da escrita do Egito Antigo - sons fonéticos que compõem seu  alfabeto. 
Até a descoberta da  Pedra de Roseta em 1798 (final do século XVIII), pelas tropas de Napoleão Bonaparte,  e posteriormente traduzida, a maioria dos estudiosos acreditava que os hieróglifos eram apenas ilustrações. 
O mito alimentado pelas imagens de cobras e pernas sem corpo, diz que os hieróglifos eram uma linguagem de maldições e encantamentos mágicos. Habitualmente,  os hieróglifos eram usados para inscrições ou representações históricas. Maldições são raramente encontradas nos túmulos, como por exemplo:  “Seus anos devem ser diminuídos”, “Ele não deve ter nenhum herdeiro”. 

PRESENÇAS DE ALIENÍGENAS NO ANTIGO EGITO 

Mural que supostamente retrata
extra-terrestres, mas que na verdade, é apenas a
pintura de um vaso
Algumas pessoas acreditam que os egípcios estavam em contato com alienígenas (seres de outros planetas). Alegam que as pirâmides eram realizações acima da capacidade humana, e que alguns murais egípcios  retratam extraterrestres. Observe que a pintura ao lado demonstra claramente que  é apenas um vaso.
Embora a Grande Pirâmide de Gizé seja matematicamente impressionante, a sua construção não está além das mentes engenhosas dos astrônomos, estudiosos e arquitetos daquela  época. Manteve-se como a estrutura mais alta do mundo por quase 4.000 anos,  mas não significa que os egípcios eram amigos de seres extra-terrestres. Na verdade, nenhum outro povo rivalizou com os egípcios na construção de monumentos tão espetaculares até o século XIX  (19).
OBCECADOS COM A MORTE

Múmia egípcia

"Quando pensamos nos antigos egípcios com suas pirâmides, múmias e deuses, é fácil chegar à conclusão de que eles estavam preocupados demais com a morte. Na verdade, nada poderia estar mais longe da verdade.
O grande trabalho que os egípcios tinham em enterrar seus semelhantes era na verdade um modo de glorificar a vida. Por exemplo, muitas das ilustrações que adornam o interior dos túmulos (as pirâmides) são celebrações da agricultura, caça e pesca. Além disso, os ornamentos caros enterrados com os egípcios servem para ajudá-los a alcançar a vida eterna, onde supostamente continuam seu trabalho atual, sem qualquer dificuldade. Mumificar era uma maneira de manter o cadáver “real”, pronto para essa forma idealizada da vida cotidiana. Claramente, os egípcios eram obcecados com a vida, não com a morte".
 

 


15 fatos  fascinantes sobre o Egito Antigo: curiosidades da vida  cotidiana dos antigos egípcios
  

Reproduzimos na íntegra, o texto abaixo, escrito pelo jornalista brasileiro Bruno   Calzavara para o Site HypeScience. Achei muito interessante e didático para complementar  estudo  sobre o cotidiano da vida dos antigos egípcios e da sua Civilização. Acompanhe. 

Tutankamon com seu turbante listrado (nemes) e sua longa barba, ornamentos típicos dos faraós
  1. Um faraó nunca deixava que seu cabelo fosse visto – ele sempre usava uma coroa ou uma espécie de  touca chamada de nemes (o ornamento listrado que ficou famoso por estar presente na máscara dourada de Tutankamon  (foto acima).
  2. A fim de impedir que as constantes moscas presentes na região pousassem nele, Pepi II do Egito sempre mantinha vários escravos nus por perto, com os corpos inteiros lambuzados de mel.
  3. Tanto homens como mulheres egípcias usavam maquiagem: aqueles famosos riscos escuros ao redor dos olhos eram geralmente verdes (feitos de cobre) ou pretos (feitos de chumbo). Os egípcios acreditavam que a maquiagem tinha poder de cura. Originalmente, a maquiagem era usada como proteção contra o sol, ao invés de um simples enfeite facial.
  4. Embora os antibióticos só tenham aparecido no século 20, a medicina popular antiga já combatia infecções, só que utilizando elementos presentes no dia a dia da época, como alimentos mofados ou terra. No Egito Antigo, por exemplo, as infecções eram tratadas com bolor de pão.
  5. As crianças egípcias não usavam nenhum tipo de roupa até que se tornassem adolescentes. As temperaturas médias no Egito faziam com que o vestuário fosse, de fato, desnecessário. Os homens adultos se vestiam com saias, enquanto as mulheres usavam vestidos.
  6. Os egípcios ricos da época usavam perucas enquanto as pessoas das demais classes sociais possuíam o cabelo comprido e frequentemente usavam tranças. Até os 12 anos de idade, os meninos egípcios tinham a cabeça raspada, exceto por uma mecha de cabelo – era como uma proteção contra pulgas e piolhos.
  7. Não se sabe quem destruiu o nariz da Esfinge de Gizé, no complexo das Pirâmides. Durante muito tempo, o “vandalismo” foi creditado às tropas de Napoleão que invadiram o Egito no ano de 1798. No entanto, há esboços da Esfinge sem nariz que datam de 1737, mais de 60 anos antes de Napoleão chegar ao Egito – e centenas de anos antes de os exércitos britânicos e alemães lutarem por lá nas duas Guerras Mundiais. A única pessoa conhecida por ter danificado a esfinge foi um clérigo islâmico, Sa’im al- dahr, linchado no ano de 1378 por vandalismo.
  8. Os egípcios acreditavam que a Terra era plana e redonda (como uma panqueca) e que o Rio Nilo corria bem no meio do planeta.
  9. Os soldados egípcios eram usados como uma força policial interna. Além disso, eles também coletavam impostos para o faraó.
  10. Em todos os templos do antigo Egito, o faraó era o responsável por realizar os deveres dos sacerdotes mais altos na hierarquia, mas geralmente seu lugar era tomado pelo sacerdote-mor.
  11. A primeira pirâmide construída pelos egípcios antigos (a Pirâmide de Degraus de Djoser, edificada por volta do ano 2600 aC) era originalmente cercada por uma parede de 10 metros de altura. O muro possuía também 15 portas, e apenas uma delas de fato abria.
  12. As mulheres no Egito antigo gozavam de igualdade legal e econômica com os homens. No entanto, elas jamais tiveram igualdade social.
  13. Alguns esqueletos escavados da época mostram que, ao contrário da crença popular, os construtores das pirâmides eram realmente egípcios. Eles provavelmente estavam a serviço permanente do faraó. Os rabiscos encontrados no local indicam que pelo menos alguns desses trabalhadores tinham orgulho da sua função, chamando suas equipes de “Amigos de Khufu”, “Bêbados de Miquerinos”, e assim por diante – nomes que indicavam alianças com os faraós.
  14. Quando um corpo era mumificado, o cérebro era removido por uma de suas narinas e o intestino também era retirado e colocado em frascos especiais. Cada órgão, na realidade, era colocado em seu próprio frasco. O único órgão interno que não era removido era o coração, porque egípcios o consideravam a sede da alma.
  15. Ramsés, o Grande, teve oito esposas oficiais e cerca de 100 concubinas. Ele tinha mais de 90 anos de idade quando morreu, no ano de 1212 aC
 
Tutankamon, também conhecido como o “Faraó Menino”, nasceu em 1346 a.C e morreu, aos 19 anos de idade, em 1327 a.C. Foi faraó do Egito Antigo entre os anos de 1336 e 1327 a.C. Era filho do faraó Akhenaton. 
 
Vida e morte 

Ainda existem muitas dúvidas sobre a vida de Tutankamon. Foi o último faraó da 18ª dinastia. Durante seu curto período de governo, levou a capital do Egito para Memphis e retomou o politeísmo, que havia sido abandonado pelo pai Akhenaton. Foi também o responsável por reformar e reconstruir os templos de Amon.
 
Sabe-se que morreu de forma traumática ainda na adolescência. Alguns pesquisadores acreditam que ele tenha sido vítima de uma conspiração na corte e, possivelmente, tenha sido assassinado com um golpe na cabeça. Esta hipótese é sustentava, pois o crânio da múmia do faraó apresenta uma perfuração.
 
Porém, estudos mais recentes e avançados (inclusive de DNA) efetuados na múmia do faraó menino revelaram que a causa mais provável de sua morte tenha sido a malária. Estes estudos mostraram também que Tutankamon era portador de uma doença conhecida como Köhler-Freiberg, que provoca inflamação em cartilagens e ossos dos pés. Um dos pés da múmia do faraó apresenta necrose, provavelmente causada pela má circulação sanguínea provocada pela doença. Logo, essa conjugação de doenças pode ter levado o faraó a morte.


Tesouros de Tutankamon 

A importância atribuída para este faraó está relacionada ao fato de sua tumba, situada no Vale dos Reis, ter sido encontrada intacta. Nela, o arqueólogo inglês Howard Carter encontrou, em 1922, uma grande quantidade de tesouros. O corpo mumificado de Tutankamon também estava na tumba, dentro de um sarcófago, coberto com uma máscara mortuária de ouro. O caixão onde estava a múmia do faraó também é de ouro maciço. 


Na tumba de Tutankamon foram encontradas mais de cinco mil peças (tesouros). Entre os objetos estavam joias, objetos pessoais, ornamentos, vasos, esculturas, armas, etc.


A maldição de Tutankamon


Durante a escavação da tumba de Tutankamon, alguns trabalhadores da equipe morreram de forma inesperada. Criou-se então a lenda da Maldição do Faraó. Na parede da pirâmide foi encontrada uma inscrição que dizia que morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faraó. Porém, verificou-se depois que algumas pessoas haviam morrido após ter respirado fungos mortais que estavam concentrados dentro da pirâmide.
 
Curiosidades:
 
- Pesquisadores divulgaram, em junho de 2016, que um punhal encontrado na tumba de Tutankamon tem em sua composição um metal extraterrestre, com grande quantidade de cobalto e níquel. De acordo com os cientistas, o metal chegou ao nosso planeta através de um meteorito.
 
- Estudo divulgado por arqueólogos e cientistas, em 2010, apontam para a provável causa da morte de Tutankamon: infecção óssea e malária.